NATAL 1997


Eu fui convidada por minha amiga Teresa para passar a noite de natal na casa dela, então ela sabendo que sempre organizo as festas natalinas da minha família com dinâmicas de grupo, me pediu para eu também aplicar uma dinâmica nesta festa.

Então escrevi o seguinte:

Queridos amigos, para comemorar um Natal de alegria e esperança, imaginei ter uma vida melhor e ser criança novamente. E para que isso aconteça, resolvi me demitir definitivamente da vida de adulto.

Acho que vocês também deveriam fazer o mesmo, tenho certeza que vão se convencer quando conhecerem as razões da minha demissão através deste texto que vou ler para vocês.

 DEMISSÃO

 (autor desconhecido)

Venho por este meio apresentar oficialmente o meu pedido de demissão da categoria dos adultos.
Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as ideias de uma criança.
Quero acreditar que o mundo é justo e que todas as pessoas são honestas e boas.
Quero acreditar que tudo é possível.
Quero que as complexidades da vida me passem despercebidas e quero ficar encantado com as pequenas maravilhas deste mundo.
Quero de volta uma vida simples e sem complicações. Estou cansado de computadores que falham, de toneladas de papel que me dão cabo da cabeça, de notícias deprimentes, de contas para pagar e da necessidade de atribuir um valor monetário a tudo o que existe.
Não quero ser obrigado a dizer adeus a pessoas queridas e, com elas, a uma parte da minha vida.
Quero ter a certeza de que Deus está no céu.
Quero viajar à volta do mundo no meu barco de papel.
Quero atirar pedras à água e ter tempo para olhar para as ondas que elas formam.
Quero acreditar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.
Quero ficar feliz quando as flores nascerem e quando os frutos nas árvores amadurecerem.
Quero poder passar as tardes de Verão à sombra de uma árvore.

Quero que a maior competição em que eu tenha de entrar seja um jogo de futebol.
Quero voltar ao tempo em que só sabia o nome das cores, a tabuada, as cantigas de roda, o jogo da macaca, porque não fazia a menor idéia das coisas que ainda não sabia.
Quero acreditar no poder dos sorrisos, dos abraços, das palavras gentis, da justiça, da paz, dos sonhos, da imaginação, dos castelos no ar.
Quero convercer-me que tudo isto vale muito mais do tudo o resto.

 

Espero ter convencido a todos vocês a ser criança novamente e como criança que seremos, a partir de agora vamos brincar. A brincadeira é a da berlinda (é a nova).
Só que é a berlinda das qualidades.
A brincadeira começou com uma pessoa do grupo se afastando e enquanto isso eu ia anotando o que cada um dizia sobre aquela pessoa e quando ela retornava ouvia suas qualidades reconhecidas por cada participante.

De forma que a brincadeira foi mais ou menos assim: uma disse que você é muito inteligente, outra disse que você é muito solidária, e assim sucessivamente, depois a pessoa que foi para a berlinda escolhia a qualidade que mais se identificava e a pessoa responsável por esta afirmação iria para a berlinda.
Esta brincadeira realmente muito divertida.

Lembro que quando minha amiga Tereza foi para a berlinda eu disse que ela era simples como Jesus, e realmente ela é. Ela se identificou tanto com esta qualidade que é possuidora que me escolheu para ir para a berlinda.




 

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