NATAL 2006


A festa começou com a entrada do Papai Noel que além das lembrancinhas para as crianças, trouxe de presente para cada família um DVD com filmagens antigas de algumas festas de natal da nossa família.

Anunciei que o tema deste Natal neste ano era O AMOR, este sentimento tão ensinado por Jesus Cristo, o nosso aniversariante.

É bem verdade que idealizei a parte espiritual desta festa, mas lembrei que esta festa é feita pelos convidados, então seria preciso abrir a porta do coração para participar com intensidade desta festa de confraternização. O momento era propício para manifestar o amor ao próximo.
Comecei dizendo o seguinte:

Hoje é Natal é um bom dia para externar o amor que sentimos uns pelos outros e que no decorrer do dia a dia não demonstramos.
A Bíblia nos fala que o Amor é um dom supremo, vamos então ouvir:

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;" (I CO 13.1-8)

Em seguida, minhas queridas sobrinhas adolescentes, em coral cantaram a música “Monte Castelo” de autoria de Renato Russo, eis a letra da música:

Monte Castelo
Composição: Renato Russo
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver.
É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer.
É solitário andar por entre a gente.
É um não contentar-se de contente.
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade.
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem todos dormem todos dormem.
Agora vejo em parte. Mas então veremos face a face.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria.
Dando continuidade, prossegui dizendo que este era o último Natal que os nossos filhos Juliana e Hermany estavam solteiros e diante do novo passo que os dois pretendiam dar na sua nova vida através do casamento, resolvi lhes prestar uma homenagem e que ao mesmo tempo teria um toque de conselho de mãe.

Um dia li um texto que dizia que os “Filhos são como navio”, o texto dizia o seguinte:


FILHOS SÃO COMO NAVIO
(Autoria Içami Tiba)

Ao olharmos um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte âncora.

Mal sabemos que ali está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, ao destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos.

Dependendo do que a força da natureza lhes reserva, poderá ter que desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.

Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas.
E haverá muita gente no porto,
feliz à sua espera.

Assim são os FILHOS.
Estes têm nos PAIS o seu porto seguro até que se tornem independentes.
Por mais segurança, sentimentos de preservação e de manutenção que possam sentir junto aos seus pais, eles nasceram para singrar os mares da vida, correr seus próprios riscos e viver suas próprias aventuras.

Certo que levarão consigo os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola, mas a principal provisão, além das materiais, estará no interior de cada um:
A CAPACIDADE DE SER FELIZ.
Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém.

O lugar mais seguro que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali.

Os pais também pensam que sejam o porto seguro dos filhos, mas não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar mar a dentro e encontrar o seu próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que deverão ser, em outro tempo, este porto para outros seres.

Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas deve estar consciente de que na bagagem devem levar VALORES herdados como:
HUMILDADE, HUMANIDADE,HONESTIDADE, DISCIPLINA, GRATIDÃO E GENEROSIDADE.

Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar CIDADÃOS DO MUNDO. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles.

A FELICIDADE CONSISTE EM TER UM IDEAL A BUSCAR E TER A CERTEZA DE ESTAR DANDO PASSOS FIRMES NO CAMINHO DA BUSCA.

Os pais não devem seguir os passos dos filhos e nem devem estes descansar no que os pais conquistaram.

Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como os navios, partirem para as próprias conquistas e aventuras.
Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que:
“QUEM AMA EDUCA”.
“COMO É DIFÍCIL SOLTAR AS AMARRAS”

Continuei dizendo que realmente é difícil soltar as amarras, mas será preciso. Então, esperamos que estejam prontos para singrar os mares da vida, construírem um lar com muito amor, compreensão, respeito mútuo e felicidades, para assim  um dia tornarem-se também um porto seguro para os filhos que vão ter.

A você Juliana, esperamos que o tempo que cresceu e conviveu conosco no nosso PORTO SEGURO tenha sido suficiente para lhe transmitir valores que levará na sua viagem mar a dentro, valores estes capazes de tornar-se uma eterna companheira, uma mãe dedicada e uma excelente dona de casa e assim ser feliz para sempre.
Que Deus lhes abençoe.

Depois ofereci a este casal a música Brigas, lembrei que se a letra da música fosse seguida na íntegra com certeza  a felicidade dos dois estaria garantida.

Esta música foi cantada pelo meu querido cunhado Nonato.
Eis então a letra desta música:
Brigas
Composição: Evaldo Gouveia e Jair Amorim

Vejá só
Que tolice nós dois
Brigarmos tanto assim
Se depois
Vamos nós a sorrir
Trocar de bem enfim.
Para que
Maltratamos o amor
O amor não se maltrata não.
Para que
Se essa gente o que quer
É ver nossa separação.
Brigo eu
Você briga também
Por coisas tão banais,
E o amor em momentos assim
Morre um pouquinho mais.
E ao morer
Então é que se vê
Que quem morreu
Fui eu e foi você
Pois sem amor
Estamos sós
Morremos nós.

Passamos então para a dinâmica de grupo, expliquei que cada um dos presentes iria receber um coração e nele as pessoas deveriam escrever declarações de amor, aquele que recolhesse mais declarações de amor seria considerado um ANJO DE PESSOA, O ANJO DO AMOR, e iria se vestir adequadamente como um verdadeiro anjo do amor, iria ser fotografado e desfilaria para todos.

E assim foi mais um natal em família.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NATAL 2020

NATAL 2018

Natal 2019