NATAL 2010

NATAL  2010

O tema escolhido para nossa festa de natal este ano foi PAIS e FILHOS.

A festa começou com a música “Então é Natal ” interpretada pelo Padre Marcelo Rossi (link da musica abaixo), enquanto era distribuído os gorros para os convidados, para assim todos começarem a entrar no clima natalino.

                       Link: http://www.youtube.com/watch?v=z2E5LHmCTxs

Em seguida anunciei a entrada do Menino Jesus que veio carregado por minha linda sobrinha Letícia, e desejei a todos:  “Que o milagre do nascimento de Jesus encha seu natal com amor”.

Para este momento tão solene foi tocada a música Conquest of Paradise, interpretada por Dana Winner (link da musica abaixo), vale a pena conhecer a letra desta música:

Link: http://www.youtube.com/watch?v=v3N4aQYiJOI

Em seguida meu neto Ruan tocou a música em seu Play Station Anna Julia  em homenagem a mais nova integrante de nossa família : Ana Júlia, e todos cantaram.

Depois, mais uma vez o bom velhinho chegou carregando dois sacos vermelhos cheios de presentes, em um era brinquedos para as crianças, no outro era meu livro “Natal em Família” para ser distribuído para toda a família.

         

Cada livro foi embalado com um saquinho de papel celofane transparente e nele havia cartas para cada filho de cada casal e também um DVD de um vídeo que foi carinhosamente produzido por meu filho Victor com fotos antigas de nossos filhos, desde que eram crianças até agora a fase adulta, fotos de casamento dos que casaram recentemente e até mesmo fotos dos filhos dos sobrinhos, o qual foi exibido no final da festa.

Com relação às cartas, logo mais entenderão em que momento elas foram distribuídas. 

Ao final da distribuição li a Dedicatória que escrevi no livro:

DEDICATÓRIA

NATAL EM FAMÍLIA é um livro que me fotografa por dentro, do jeito que sou e que penso. Revela os valores que otimizo em minha vida, principalmente a união familiar, e estes valores estão revelados em cada natal que preparei, sempre com muito carinho, amor e dedicação.

Acredito que a família é à base de equilíbrio para todo ser humano, ela é tão importante assim como o alicerce é antes de se construir uma casa. É com ela que as grandes alegrias são sempre festejadas. É nela que você encontra amparo para se erguer e manter o equilíbrio para suportar as tempestades, os trovões e as ventanias que porventura surgem em nossa vida.

Portanto, dedico este livro a todos que fazem parte de minha família: irmãos, cunhados, sobrinhos, e especialmente a meu esposo Leo, meus filhos Juliana, Victor e Rafaela, a meu neto Ruan e meu futuro neto Artur.

Gostaria também de dedicar este livro a minha querida prima Maria que sempre sentiu vontade que eu elaborasse o mesmo, e esta sua vontade me incentivou para que eu editasse mais um livro em minha vida.

Espero que todo este trabalho que desenvolvi ao longo destes anos sirva como estímulo e exemplo para que seja mantida esta tradição do NATAL EM FAMÍLIA por muitas e muitas gerações.

Com relação à apresentação do meu livro, ela foi escrita por minha sobrinha Marília, então pedi a ela para lê para todos.

Realmente a Marília escreve muito bem e eu gostei demais, vejam  como ficou maravilhosamente linda:

APRESENTAÇÃO

Há uma cena guardada nas profundezas da minha memória que reaparece toda vez que me lembro dos nossos natais em família: um punhado de crianças posicionadas como um legítimo coral cantando a clássica canção natalina “Quero ver você não chorar, não olhar para trás, nem se arrepender do que faz...”.  As mães observam orgulhosas, sem imaginar o que está por vir. De repente, quase chegando ao fim do coral, surge correndo um menino com cabelo em forma de cuia, usando talvez sua habitual cueca (disso não tenho certeza, mas é provável) e expondo sua barriga de fora. É o Davi que chega atrasado para se juntar ao grupo e finalizar o coro com um “praaaaaa vooooocêeeeee” bem sonoro, sem se esquecer de passar a mão na testa fingindo estar muito cansado, tal como fazia o menino de uma famosa propaganda da época.

Não me lembro de ter ensaiado tanto para esse coral como ensaiamos, eu, Mara, Rafa e Marina em um ano seguinte, ao coreografarmos uma música animada para apresentarmos no dia 25. Tamanha foi nossa vergonha no dia, que ninguém nunca chegou a ver o que tínhamos passado o primeiro mês das nossas férias preparando com carinho. Mas, considerando que o que importava mesmo eram os bons momentos que nós primos passávamos esperando essa data chegar, valeu cada pirueta dada.

Confabulávamos juntos o que cada um iria pedir ao Papai Noel para depois usufruirmos também do presente alheio, no dia seguinte, na casa da tia Rocy. Ah, como aproveitei (e morri de inveja, é claro) a banheira para bonecas que tinha chuveirinho e tudo que a Sara levou para nos apresentar!

Não me lembro ao certo quando o nosso natal passou a ocupar a casa da tia Rocy. Para mim, sempre foi lá, não fossem as filmagens que a Kelen nos disponibilizou que comprovam que já nos reunimos na casa da tia Di. Sei também que houve um natal no sítio do tio Humberto, mas essa lembrança é tão nebulosa na minha cabeça e me exige tanto esforço para enxergar os detalhes que, de fato, só costumo relacionar os nossos natais a casa da tia Rocy. Depois que oficializamos o endereço, eu já devia ter a memória mais apurada, pois desde então lembro com clareza de todos eles.

A festa começa já em casa. Aperreamos a mamãe para ela terminar logo o bacalhau e se arrumar pra gente ir pra casa da tia Rocy. Além da ansiedade, essa pressa também denuncia o medo de chegarmos depois da tia Luza, que costuma ser a última a chegar. Depois de embrulhados os últimos presentes do amigo secreto e transportado todos os pacotes e comidas para o carro, é hora de percorrer um longo caminho até a Jacarecanga.

Na chegada, somos sempre recepcionados pelos primos e tios com muita alegria. A casa está sempre arrumada, tanto pela clássica árvore de natal armada no canto da sala como pelas fotos da família espalhadas por algumas paredes. As comidas gostosas sobre a mesa revelam o cuidado das tias em fazer a melhor e mais famosa de suas receitas.

A festa mal começa e já ficamos eufóricos com tantos acontecimentos. O peru, por exemplo, que sempre desaparece, gera um alvoroço entre as mulheres, que rodam a casa inteira para resgatá-lo. Ou o barulho vindo lá do fundo, cheio de risadas dos tios e primos que insistem em “batizar” um novo “agregado” da família...

Na hora do almoço, sempre tem aquela tradição: reunidos ao redor da mesa, ouvimos as palavras de fé dos tios Humberto e Valdenir, e quando a fome não é tão grande, ainda dá pra ouvir o tio Nonato cantar. Pra finalizar, vem o papai com seu grito de guerra: “Reeeeeiii!!”. E todos respondem sem pestanejar: “Reeeeeeiii!”. É, então, dada a largada: forma-se imediatamente uma fila de gente animada e faminta.

E como não citar as inúmeras dinâmicas que as tias preparam meses antes para a festa? É claro que a mais marcante de todas foi quando a tia Luza e a tia Baída inventaram de nos ensinar a ginástica do Natal, enfatizando pelos dizeres e movimentos que “O Natal é graaaaaaaande”. Essa frase está no imaginário de todos os convidados e até hoje é lembrada, seguida de muitas gargalhadas. Não menos inesquecível foi o dia em que colocamos um coração nas costas e escrevemos recadinhos uns para os outros, criando aquela movimentação na sala. E quando a família cresceu, foi a vez do Ruan e da Letícia participarem, apresentando o aniversariante do dia, o menino Jesus, e nos contagiando com seus lindos e inocentes sorrisos. Melhor que isso, só mesmo vê-los eufóricos com a chegada do Papai Noel de óculos escuros, aquele que todos os anos também oferece o colo para os tios se sentarem, posando para a foto.

Sempre achei o natal da nossa família diferente de todos os outros. No lugar de nos preocuparmos com presentes, levamos conosco uma imensa vontade de estarmos juntos, o que é sempre complementada pelas mensagens cheias de significado escolhidas a dedo e recitadas pela tia Rocy. Acho que comecei a entender o real valor da família naqueles dias de união.

A cada ano, o número de convidados aumenta, seja pelo crescimento da família (já enorme!), seja pela visita de curiosos, interessados em descobrir a receita para se fazer um natal tão bom. Não há segredos. Basta juntar uma família em que cada integrante se preocupa com o próximo, sente saudades quando não pode vir e, quando vem, traz toda a vontade de acrescentar, de transmitir conhecimentos, de dar conselhos. É ou não é, Emanoel?

Quando a tia Rocy me convidou para fazer a apresentação do seu livro Natal em Família, senti-me honrada. A alegria de dividir com todos as emoções vividas nesses encontros inesquecíveis só não foi maior que saber que todos os detalhes desses momentos mágicos estão aqui registrados, graças a paciência e dedicação que só ela é capaz de oferecer.

No livro Natal em Família vocês vão encontrar a história de cada natal festejado em nossa família, os textos escolhidos, as dinâmicas realizadas, as musicas cantadas, portanto vale à pena ler para recordar.

Que essas memórias tragam aconchego para cada um de vocês que são peças fundamentais e insubstituíveis do nosso Natal em Família.

Feliz Natal!

Marília

Depois da leitura desta apresentação o Davi de forma muito espontânea e criativa pediu a palavra e começou a cantar: “Quero ver você não chorar, não olhar pra trás nem se arrepender do que faz...” e neste momento algumas sobrinhas como a Marília, Sara, Marina e Mara se juntaram a ele e formaram um coral e no final apareceu meu netinho  Ruan para terminar a música cantando e passando a mão na testa : Pra você..... .

Engraçado é que o Davi mesmo não conhecendo a Apresentação do meu livro já havia combinado com o Ruan para ele terminar esta música, foi pura coincidência.

Este foi um momento muito emocionante da nossa festa pois relembrou quando eles eram crianças que cantavam para nós no Natal.

Com relação ao livro todos ficaram encantados, vez que a capa e contra capa tinha a foto de todos os casais, filhos e netos (em formato de circulo) formando uma Arvore de Natal.

              Para minha surpresa, de repente chegaram a minha casa um violonista e um orador, todos muito bem vestidos de paletó trazendo um lindo buquê de rosas vermelhas.

              Eles vieram me prestar uma homenagem que minha família havia preparado, inclusive parte do texto lido foi escrito por minha filha Juliana.

              Este foi outro momento de grande emoção, eu nunca pude imaginar que seria homenageada de uma forma tão significativa, com palavras tão carinhosas ao som de violino que gosto tanto, e realmente fiquei muito emocionada, vou tentar conseguir a mensagem, pois a mesma não me foi entregue, logo que eu consiga disponibilizarei neste espaço.

Continuando a programação comecei dizendo o seguinte:

No biênio 2009/2010 tivemos a oportunidade de vislumbrar muitas mudanças maravilhosas  em nossas  famílias.

Nasceu a Lara, o Renatinho, o Rodrigo e estamos muito felizes com a chegada da Ana Julia e o Artur que já vem a caminho.

A Marília casou, a Mara, a Sara e o Victor também vão casar.

Todos estes fatos me fez refletir como o tempo passou tão rápido, outro dia meus filhos e sobrinhos eram todos crianças, brincavam juntos no Maravilha (nome do sítio de minha irmã Baída e meu cunhado Nonato), naquela piscina que era a atração principal.

Realmente “há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos. Não mais os pegaremos na porta da escola e nas festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô.

Eles saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas, realmente não são eternos filhotes, mas futuras águias a içar seu próprio vôo.”

Então chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e orando muito para que eles acertem nas escolhas em busca da felicidade,  que a conquistem do modo mais completo possível, pois já são adultos, universitários, bacharéis, especialistas e até Doutor como é o caso de nosso sobrinho Danilo.

A propósito do Doutor Danilo gostaria de parabenizá-lo por mais este título tão difícil de ser conquistado e neste momento pediria uma salva de palmas para ele.

Pediria também uma salva de palmas para os novos bacharéis Emanuel e Sara.

Alguns de nossos sobrinhos já são pais e mães, e agora sim, eles terão a oportunidade de vivenciar o amor em sua plenitude que é o amor PATERNO e MATERNO.

Estes são os filhos que conseguimos gerar, amar e educar.

O texto escolhido para este Natal demonstra com muita clareza este AMOR que tanto dedicamos a eles, senão vejamos:

Para este momento escolhi a música  Concerto pour Une Voix interpretada por Saint Preux para o fundo musical, ouça esta música acessando o link abaixo:

Link:http://www.youtube.com/watch?v=DMqlK28wNjA&feature=related

ou se preferir ouvir tocada no piano acesse este link:

Link: http://www.youtube.com/watch?v=WYw-rZtvPCg&feature=related

A FORÇA DOS NOSSOS PÉS

          (autor desconhecido)

Desde o dia em que nasceste eu criei a ilusão, dentro de mim, que poderia caminhar por ti.

                Imaginei que colocaria teus pés sobre os meus e te levaria pelos caminhos que eu julgasse mais tranqüilos e seguros.

                Dessa maneira, tu nunca feririas teus pés pisando em espinhos ou em cacos de vidro e jamais se cansaria da caminhada, nem mesmo precisarias decidir qual o caminho a seguir.

                Isso seria eternamente da minha responsabilidade.
...e foi assim durante um bom tempo, caminhei por ti, para ti.

  

De repente, o tempo veio avisar-me bruscamente que essa deliciosa tarefa não faria mais parte dos meus dias.

               Teus pés cresceram e eu já não conseguia mais equilibrá-los em cima dos meus, daí quando eu menos esperava eles escorregaram e alcançaram o solo.

               Hoje sou obrigada a vê-los trilhar caminhos nos quais os meus jamais os levariam e ainda tento detê-los insistentemente, mas só raríssimas vezes consigo.

              Agora só me é permitido correr com os meus junto aos teus e em certos momentos, teus passos são tão largos que quase não posso acompanhá-los.

              Atualmente, assisto aos teus tropeços sempre pronta para levantar-te das tuas quedas.

              Por vezes, tu me estendes as tuas mãos em busca de socorro, outras, mesmo estando caído no chão e ferido, insistes em levantar-te sozinho por puro orgulho ou para me provar que já és capaz de erguer-te após as tuas quedas e curar-te das tuas próprias feridas.

             Assim vamos vivendo e sinto uma saudade daquele tempo que precisavas de mim para conduzir-te, pois era bem mais fácil suportar o teu peso sobre os meus pés, do que sobre meu coração.

             No entanto, já consigo compreender como a vida é sábia.

             Percebo, finalmente, que em algum momento tu precisaste mesmo desbravar teus caminhos independente de mim, afinal não tarda muito, serei eu que precisarei dos teus pés sob os meus e tu só terás forças para me conduzir porque te permiti caminhar por um bom período sozinho, aprendendo assim a difícil tarefa de viver.

              Que tu tenhas a resistência necessária para suportar o meu peso sobre teus pés como eu tive para suportar os teus.

              É bem verdade que farás isso por um tempo inferior ao que eu fiz, mas como eu, é provável que tenhas que fazê-lo com mais alguns pés sobre os teus, os dos teus filhos.

               Não, claro que não é uma tarefa fácil, mas se eu consegui, tu também conseguirás porque plantei em teu coração o melhor e mais poderoso aditivo para que suportes tanto peso, o AMOR!

É isso aí, o tempo passa, nossos filhos vão ficando adultos e nós indiscutivelmente vamos envelhecendo, como bem disse o TIM Maia  “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia.Tudo passa, tudo sempre passará. A vida vem em ondas como o mar. Num indo e vindo infinito”

E convidei minha sobrinha Marina  para cantar esta verdade com  a musica Como Uma Onda, para ouvi-la acesse o link abaixo:

Link: http://www.youtube.com/watch?v=fYO0SOi5_0E

Como Uma Onda

Música e letra : Lulu Santos e Nelson Mottam Maia

Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas como o mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo
Agora
Há tanta vida lá fora, aqui dentro
Sempre como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas como o mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo
Agora
Há tanta vida lá fora, aqui dentro
Sempre como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar

               Então diante da dinâmica da vida é hora de enviar uma carta para nossos filhos, para que eles sigam estes ensinamentos.

Esta carta foi lida por meu sobrinho Emanuel, e a música escolhida para o fundo musical foi Ne me quite pás (If you go away) (versão instrumental), para ouvi-la acesse o link abaixo:

Link: http://www.youtube.com/watch?v=goTx6ZJoot0

Eis a carta:

CARTA DE UM PAI AO FILHO

Amado Filho,

O dia em que este velho já não for o mesmo, tenha paciência e me compreenda.

Quando eu derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenha paciência comigo e se lembre das horas que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas.

Se quando conversa comigo, repito e repito as mesmas historias que sabes de sobra como termina, não me interrompas e me escute. Quando era pequeno, para que dormisse, tive que contar-lhe milhares de vezes a mesma estória até que fechasse os olhinhos.

Quando estivermos reunidos e, sem querer, fizer minhas necessidades, não fique com vergonha e compreenda que não tenho  culpa disto, pois já não as posso controlar. Pensa quantas vezes quando menino te ajudei e estive pacientemente a seu lado esperando que terminasse o que estava fazendo.

Não me reproves porque não queira tomar banho; não me chames a atenção por isto. Lembre-se dos momentos que te persegui e os mil pretextos que tive que inventar para tornar mais agradável o seu banho.

Quando me vejas inútil e ignorante na frente de todas as coisas tecnológicas que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário para não me machucar com o seu sorriso sarcástico.

Lembre-se que fui eu quem te ensinou tantas coisas.
Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem como faz, são produto de meu esforço e perseverança.

Quando em algum momento, enquanto conversamos, eu chegue a me esquecer do que  estávamos falando, me dê todo o tempo que seja necessário até que eu me lembre, e se não posso fazê-lo não fique impaciente; talvez não fosse importante o  que falava e a única coisa  que queria era estar contigo e que me escutasse nesse momento.

Se alguma vez já não quero comer, não insistas. Sei quando posso e quando não devo.

Também compreenda que, com o tempo, já não tenho dentes para morder, nem gosto para sentir.

Quando minhas pernas falharem por estarem cansadas para andar, dá-me sua mão terna para me apoiar, como eu o fiz quando começou a caminhar com suas fracas perninhas.

Sempre quis o melhor para você e preparei os caminhos que deve  percorrer.

Não se sinta triste, enojado ou impotente por me ver assim. Dá-me seu coração, compreenda-me e me apóie como o fiz quando começaste a viver.

Da mesma maneira que te acompanhei em seu caminho, te peço que me acompanhe para terminar o meu.
           Dê-me amor e paciência, que te devolverei gratidão e sorrisos com o imenso amor que tenho por você.

                                                Atenciosamente,

                                                   Teu Velho

                                         Autor: Levi da Silva Barreto

Depois de esta carta ter sido lida, pedi a cada casal que as entregasse a seus filhos, e para que o momento ficasse mais emocionante escolhi como fundo musical a musica  Meu querido, meu velho, meu amigo, cantada por Roberto Carlos, para ouvi-la é só  acessar o link abaixo:

Link: http://www.youtube.com/watch?v=Prqt5ttraec&feature=related

Este também sem dúvida foi um dos momentos mais emocionantes da festa, as lágrimas rolaram em muitos rostos....

Houve muitos abraços e beijos entre pais e filhos.

Em seguida continuei dizendo que quanto mais o tempo passa, mais eu me convenço que ninguém consegue amar os outros se antes não aprender a amar as pessoas da própria casa, começando pelos pais.

Depois da entrega das cartas meu cunhado Nonato cantou a música O Filho Que Eu Quero Ter  que dediquei a todos os pais, filhos e netos aqui presentes, eis a música:

Link: http://www.youtube.com/watch?v=fJSN3diDRdI

O Filho Que Eu Quero Ter

Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho

É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar com o pranto a me correr
E assim chorando acalentar o filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho, dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho de tanto amor que ele tem

De repente eu vejo se transformar num menino igual à mim
Que vem correndo me beijar quando eu chegar lá de onde eu vim
Um menino sempre a me perguntar um porque que não tem fim
Um filho a quem só queira bem e a quem só diga que sim
Dorme menino levado, dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado de tanta dor que ele tem

Quando a vida enfim me quiser levar pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar no derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar num acalanto de adeus
Dorme meu pai sem cuidado, dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado, com o filho que ele quer Ter.

Então chegou o momento de apresentar o vídeo que preparei, e disse que através dele todos teriam a certeza que o tempo passou voando.

O vídeo foi um sucesso, escolhi como fundo musical para este vídeo enquanto as fotos iam sendo apresentadas, duas músicas: a primeira foi  “O Caderno”, interpretada pelo Padre Fábio de Melo e a segunda foi a música “Como é grande o meu amor por você” interpretada por Oswaldo Montenegro, para ouvi-las é só acessar os links abaixo:

Link: http://www.youtube.com/watch?v=6VIyEFVXPAg&feature=related

Link: http://www.youtube.com/watch?v=QCbeJJ9nJf0

Este momento foi mais um de grande emoção, todos ficaram surpresos ao assistiram o vídeo, pois nem imaginaram que eu tinha guardado tantas fotos antigas de meus sobrinhos quando eram criança, outras que eu havia pedido a alguns sobrinhos, entretanto eu não havia dito era para qual finalidade.

Prossegui dizendo que a vida é isso aí, muda constantemente e passa rápido como uma onda do mar.

Então aproveitem para AMAR  e ser FELIZ pois se você perder o momento, não tem volta ela já foi e virou espuma.

Finalmente chegou a hora da Dinâmica de Grupo

Comecei dizendo que a conclusão que chego é que “Aprendemos a ser filhos depois que somos pais e só aprendemos a ser pais depois que somos avós..."

Acredito que durante nossas vidas guardamos na memória fatos e ensinamentos dos nossos pais, irmãos ou amigos que nos marcaram para sempre, como por exemplo, gestos de carinho e até mesmo uma frase.

Fatos tão marcantes que se tornaram inesquecíveis que até hoje ainda nos lembramos claramente, muitos até influenciaram na nossa personalidade, fazem parte até do nosso DNA, então convido a vocês a tornarem público estas lembranças inesquecíveis de amor, de carinho, de apoio, de  compreensão, etc... completando a  seguinte frase:

Eu nunca me esqueci.....

Eu comecei a dinâmica dizendo o seguinte:

Resgatando as lembranças do fundo de minha memória com relação a fatos que nunca me esqueci lembro-me de gestos carinhosos dos meus pais que muito me marcaram por exemplo:

- Quando o paizinho salvou minha vida quando uma tinta spray que eu tentava desentupir explodiu no meu rosto e eu fiquei sem enxergar e sem  respirar e quando eu senti que ia desmaiar por falta de oxigênio ele agiu rapidamente num gesto de socorro,  chupou no meu ouvido e desobstruiu minha respiração. Por este gesto de carinho eu lhe digo agora muito obrigada.

 Com relação a gestos de carinho de irmãos são muitos e muitos, vou  citar apenas alguns:

-Quando vocês se cotizaram para pagar o Hospital Infantil Luiz de França para a Juliana, realmente eu nunca vou esquecer.

-Quando a Ana conseguiu a Célida para amamentar a Juliana, eu nunca vou esquecer...

-O Humberto que no passado me ajudou tanto, pagou meu cursinho para eu me preparar para o vestibular, ajudou a conseguir a cirurgia de deslocamento de retina para a Juliana, eu nunca vou esquecer...

-A Luza que cuidou de mim quando eu o Victor nasceu, foi uma verdadeira mãe, que um dia me presenteou um fusca amarelo que foi tão útil nem nossa vida.

-A Baída e o Nonato que tanto nos socorreu na madrugada nos dando carona com meus filhos para o hospital, eu também nunca vou esquecer.

-A Di que nos acolheu em São Paulo e disponibilizou até sua própria cama para nós, eu nunca vou esquecer.

A verdade é que muitos são os gestos de carinho que  ao longo da vida foram demonstrados por vocês, então  eu concluo que nossa família é acima de tudo unida e solidária, desta forma só me resta dizer muito obrigada.

Meu sobrinho Danilo  que não pode vir participar de nossa festa enviou por e-mail suas lembranças:

“Eu nunca me esqueci...

... do exemplo constante de dedicação, perseverança e otimismo da minha mãe quando treinava suas corridas;

... do exemplo de responsabilidade do meu pai no trabalho;

... das minhas conversas com o Thiago antes de dormir, quando ambos éramos adolescentes;

... das idas a Fortaleza, principalmente a última (alias, lá se vão mais de 15 anos) onde pudemos conviver com os tios e alguns primos: as saídas com o Eduardo e o Leonardo, as voltas de buggy com o Emanuel, o câmbio quebrado do buggy do tio Fernando, os almoços na tia Rocy, da Fussura (ou seria fuÇura?) na Tapera Seca, entre outras coisas;

... dos passeios na França com a tia Ana, tio Fernando, Marília e Sara

Logicamente, muitas outras coisas poderiam ser citadas, tão importantes quanto essas que enumerei... mas como a família é grande, deixo a palavra com o(a) próximo(a) da fila.”

A Isabella, filha do Thiago disse o seguinte:

"Eu nunca me esqueço... que o meu pai está sempre do meu lado."

E a festa continuou com muitos depoimentos lindos de lembranças que marcaram para sempre.

Meu filho Victor disse que nunca se esquecerá de quando criança que ficava hospitalizado seu pai trazia revistinhas em quadrinhos para ele para amenizar o sofrimento do hospital e também ainda no hospital sempre que acordava via eu e seu pai sempre a seu lado...

E assim foi nosso natal, como diz Roberto Carlos foram muitas as emoções...

Com relação aos chaveiros que confeccionei, gostaria de explicar  que  eles  foram comprados em loja especializada em brindes, o modelo escolhido foi de acrílico e no formato redondo para combinar com a capa do livro, aliás neles usei as mesmas fotos que usei na capa do meu livro “Natal em Família” e no verso coloquei estas frases, as quais desconheço o autor:

“SE VOCÊ VIVER CEM ANOS, EU QUERO VIVER CEM ANOS MENOS UM DIA, ASSIM NUNCA TEREI DE VIVER SEM VOCÊ.”

 FELIZ NATAL

Esta foi a frase que escolhi para colocar no meu chaveiro, pois tinha a minha foto e de meu querido esposo. Ela retrata a pura verdade.

“A FAMÍLIA NÃO NASCE PRONTA;  CONSTRÓI-SE AOS POUCOS E É O MELHOR LABORATORIO DO AMOR.”

FELIZ NATAL

 (Esta frase usei em chaveiros com foto de uma família)

“A AMIZADE É COMO UMA OBRA DE ARTE, SOMENTE A VERDADEIRA É QUE VALE! ”

FELIZ NATAL

“TER SUA AMIZADE É MEU MAIOR PRESENTE.”

FELIZ NATAL.

“QUANDO DEUS CRIOU OS IRMÃOS CRIOU UM SER QUE FOSSE COMPANHEIRO PARA PROTEGER E AMAR DURANTE TODA A VIDA.”

FELIZ NATAL.

  MÃE

“VOCE ME PERMITIU VIVER E SONHAR.

VOCE ME AMPAROU E ME ENSINOU A CAMINHAR.”

FELIZ NATAL.

(Esta frase usei em chaveiro com foto de mãe e filha)

“SER MÃE É ASSUMIR DE DEUS O DOM DA CRIAÇÃO, DA DOAÇÃO E DO AMOR INCONDICIONAL.”

FELIZ NATAL

“FILHO É MAIS QUE UMA OBRA HUMANA, É UM PRESENTE DIVINO.”

FELIZ NATAL

“VOCÊ É ESSENCIAL EM MINHA VIDA.”

FELIZ NATAL

“NETOS SÃO FILHOS COM AÇÚCAR.”

FELIZ NATAL

“FILHO É MAIS QUE UMA OBRA HUMANA, É UM PRESENTE DIVINO.”

FELIZ NATAL

“SER FELIZ É O MAIS COMPENSADOR DE TODOS OS SUCESSOS.”

FELIZ NATAL

“AMIGOS VERDADEIROS PERMANECEM PARA SEMPRE EM NOSSOS CORAÇÕES.”

FELIZ NATAL

“PARA SER FELIZ É PRECISO TER UM AMOR, UMA FAMÍLIA E AMIGOS.”

FELIZ NATAL

“UM IRMÃO PODE NÃO SER UM AMIGO, MAS UM AMIGO SERÁ SEMPRE UM IRMÃO.”

FELIZ NATAL

“PAI E MÃE DEVERIAM SER ETERNOS.”

FELIZ NATAL

“UM DIA VOCÊS ME DERAM A VIDA, ME DERAM AMOR, ME DERAM A MÃO E ME MOSTRARAM O CAMINHO A SEGUIR, ENTÃO SÓ ME RESTA DIZER OBRIGADO.”

FELIZ NATAL

“NETOS SÃO COMO HERANÇA, VOCÊ OS GANHA SEM MERECER, SEM TER FEITO NADA PARA ISSO, DE REPENTE LHE CAEM DO CÉU”

FELIZ NATAL

“A VIDA NOS DÁ NETOS PARA NOS COMPENSAR DE TODAS AS PERDAS TRAZIDAS PELA VELHICE.”

FELIZ NATAL

“SEM DEUS NÃO HÁ VIDA, SEM FAMÍLIA NÃO HÁ BASE E SEM AMIGOS NÃO HÁ MUNDO COLORIDO.”

FELIZ NATAL

Com relação a esta frase eu tenho um comentário a fazer: dois dias antes do Natal ouvi alguém batendo palmas e fui atender, era uma criança de mais ou menos uns nove anos de idade acompanhado de sua mãe, eles estavam oferecendo bulinhos de goma, aliás, eles sempre passam  aqui para me oferecer e eu sempre compro.

Como de costume comprei os bulinhos e o garoto me pediu um copo d’água, ele aparentava um ar de cansado e quando fui buscar sua água então me lembrei que havia comprado um carrinho extra para presente, e aproveitei e levei também o carrinho para lhe presentear e foi incrível o sorriso que ele me ofereceu quando abriu o presente, seus olhinhos brilharam, mas quando fixei o olhar nele com mais atenção percebi que em sua blusa estava escrito exatamente esta última frase:

“SEM DEUS NÃO HÁ VIDA, SEM FAMÍLIA NÃO HÁ BASE E SEM AMIGOS NÃO HÁ MUNDO COLORIDO.”

Realmente eu fiquei muito impressionada com tamanha coincidência, justamente uma frase que eu havia escolhido para colocar no chaveiro de meu irmão Humberto e sua esposa Arlete.

É isso, mais uma vez concluo que Deus está nas coincidências e também como custa tão pouco fazer a felicidade de uma criança carente.